sábado, 3 de setembro de 2022

Lar é onde o coração está - capítulo 53

 

Diego remexeu-se na cama enquanto tinha um pesadelo em que era perseguido pelo padrasto que ameaçava bater nele até “endireitá-lo”. Acabou acordando ofegante e com o coração disparado dentro do peito e ao olhar para o lado, encontrou Marcelo adormecido. Segundo o relógio do celular ainda era de madrugada.



Levantou-se com cuidado para não acordar o outro e foi sentar numa poltrona perto da janela que dava para a rua, olhando o transito frenético que nunca parava enquanto se perguntava por que tinha tido aquele pesadelo com o padrasto, afinal, desde que saiu da casa da mãe, nunca mais viu o homem. Talvez fosse alguma coisa que ele internalizou desde que Paulo veio morar com eles ou algo do tipo.

Pegou o celular e após colocar os fones de ouvido, abriu um dos vídeos que Vanessa havia mandado das crianças. Os três correndo pelo parquinho e escalando nos brinquedos com uma animação típica das crianças e ver eles se divertindo fez Diego sorrir e esquecer por um momento do pesadelo que o tinha acordado.

Respondeu a moça com uma mensagem de texto, agradecendo mais uma vez por ela ter ficado com Paulo no final de semana e observando como o menino parecia feliz brincando com os amiguinhos.

Mas agora estava sem sono e ainda faltavam algumas horas para o sol nascer. Acabou tomando um banho e assistindo vídeos aleatórios que tinha favoritado no youtube até que em certo momento ouviu Marcelo suspirar na cama e o som dos lençóis farfalhando.

 Sentiu a mão morna do outro tocar seu ombro nu e cobriu-a com a própria mão. Marcelo não disse nada, apenas se sentou ao seu lado e permaneceu ali, apenas como uma presença tranquilizadora. Quando o sol enfim começou a nascer, Diego sugeriu que pedissem o café da manhã pelo serviço de quarto.

Enquanto comiam, ele podia sentir o olhar preocupado do marido em sua direção, mas fez-se de desentendido e ignorou, pois não queria falar sobre o pesadelo. Não queria sequer lembrar que aquele ser odioso um dia existiu. Não depois de ter passado as melhores horas nos últimos meses com o homem que ele amava.

***

Francisco acordou com aquela pedrinha de gelo que era o pé do namorado roçando contra sua panturrilha e então se virou para abraçá-lo e ao mesmo tempo envolver os pés dele com dobras da coberta. Joaquim o abraçou em resposta, ainda adormecido.

Era Domingo de manhã, o relógio informava que não era nem 7h00, mas Francisco não conseguia mais dormir, no entanto ficou mais um pouco ali, só curtindo o calor morno do namorado perto de si.

No dia anterior ele tinha sido bastante enérgico na cama com Joaquim e aquilo ainda o estava incomodando. Claro que o loiro disse que tinha gostado e ele acreditava nisso, mas não sabia se seria capaz de repetir a dose no futuro. Para ele, Joaquim era importante e devia ser tratado com carinho e atenção.

Desvencilhou-se com cuidado do abraço em que foi envolvido e saiu da cama, não sem antes cobrir o outro com os edredons e vê-lo suspirar satisfeito durante o sono. Passou pelo banheiro, onde fez uma higiene matinal rápida e então seguiu até a pequena cozinha, na qual começou a preparar o café da manhã. Tinha de admitir para si mesmo que o que tinham feito no dia anterior foi bastante excitante, por mais incorreto que ele achasse.

— Foi incrível, mas não quero repetir tão cedo. — murmurou para si enquanto ligava a cafeteira e quebrava dois ovos na tigela para preparar omeletes. Estava tão concentrado em fritar a comida na frigideira, que se surpreendeu ao sentir um abraço ao redor de sua cintura.

— Bom dia... — respondeu enquanto fazia um agrado leve nas mãos que estavam em volta do seu corpo e recebia em resposta um cumprimento pontoado por bocejos.

— ‘Dia. Acordou cedo, mesmo sendo domingo. Achei que você ia ficar mais um pouco comigo lá na cama. — enquanto Francisco terminava as omeletes, Joaquim se ocupou de adoçar e servir o café em duas canecas e colocar a mesa.

— Eu até queria... Mas não consegui mais dormir. — confessou enquanto colocava o conteúdo da frigideira em dois pratos pequenos e os depositava sobre a mesa.

— Obrigado. Eu tava com saudades da sua comida... Quase não temos mais tido tempo de ficar juntos, por causa do trabalho, digo, exceto quando você vai almoçar comigo lá na loja. — comentou o loiro para em seguida colocar uma garfada do alimento na boca, fazendo uma expressão de pura satisfação.

— Que bom que você gosta, porque eu sempre fico feliz de cozinhar pra você. E sobre não nos vermos muito, é verdade, a editora está com uma carga ainda maior de trabalho e tem dias que eu vou te buscar na loja e tenho de voltar pra lá. Mas sempre faço questão de almoçar com você. Pelo menos logo terei umas semanas de férias e vamos poder ficar juntos, talvez até viajar por alguns dias. — segurou a mão morna do namorado sobre a mesa e viu ele sorrir em resposta.

— Atchim! — Joaquim cobriu o nariz e a boca a tempo antes de espirrar, mas logo mais três espirros seguiram o anterior e ele fungou enquanto sentia as laterais dos olhos lacrimejarem.

— Tá pegando um resfriado? — Francisco perguntou ao mesmo tempo em que se levantava e media a temperatura do outro com as costas da mão. O loiro estava meio quente.

— Acho que sim, não sei, vou tomar um antigripal e acho que vai estar tudo bem até amanhã. Faz anos que não pego um resfriado. — continuou comendo, apesar de sentir a garganta começar a arranhar e arder e o nariz ameaçar escorrer.

— Se você não estiver legal amanhã eu posso... — o loiro interrompeu Francisco com um gesto de mão, para em seguida tomar um gole do café antes de responder.

— Não se preocupe, tá tudo bem, eu só preciso... Descansar um pouco, eu acho. Mas talvez seja melhor você não ficar muito perto ou vai acabar pegando também. E eu não quero isso. — ao que Francisco respondeu que não aconteceria nada com ele.

— Vamos terminar de tomar café e voltar pra cama. A gente liga a tevê, põe num dos streamings e assiste filmes o dia todo. Você toma os remédios pra resfriado e mais tarde eu preparo um almoço pra gente. — Joaquim sorriu diante da sugestão enquanto apertava a mão de Francisco dentro da sua.   

***

 Mayara acordou ao lado de Letícia na cama da moça. Elas estavam nuas e aos poucos os acontecimentos do dia anterior voltaram a sua memória, fazendo-a corar. Mas não se sentia envergonhada, na verdade estava feliz de ter feito amor com a outra e ter sentido que ela respeitava seus limites. Aproximou-se da namorada que ainda dormia e lhe deu um beijo suave no canto da boca, recebendo em resposta uma caricia lenta no braço e um resmungo preguiçoso.

— Oi você. — Letícia a cumprimentou com a voz ainda sonolenta enquanto abraçava Mayara pela cintura e roubava um beijo apaixonado e então se afastava alguns centímetros para observá-la. Os longos cabelos negros espalhados pelos travesseiros como uma manta natural formando um desenho complexo e a pele sedosa de tom caramelo contrastando com o tecido pálido da roupa de cama.

— Oi você. — ela respondeu enquanto olhava para a moça acima de si. O cabelo curto e bagunçado, os lábios finos e rosados e os seios pequenos pendendo firmes para baixo.

— Então... Quais os planos para hoje? — Letícia perguntou enquanto deitava sobre a barriga de Mayara e recebia um cafuné delicado nos cabelos.

— Tentar dominar o mundo? — a outra respondeu, estourando numa risada gostosa em seguida a qual Letícia acompanhou.

— Espera! Eu sou o Pink ou o Cérebro? — era o tipo de conversa mais boba da qual já tinha participado em toda a sua vida e Mayara estava adorando aquilo.

— Vai depender do momento, eu acho... — o peso morno da cabeça de Letícia sobre seu ventre era confortável e ela estava feliz de finalmente ter conseguido levar um relacionamento para o próximo estágio.

— Mas agora, falando sério, o que você quer fazer hoje? Eu estou de folga e acho que você também, podemos sair pra algum lugar, almoçar fora, ir no cinema, o que você quiser. — Letícia sentia o contato suave dos dedos da outra moça sobre sua cabeça e pensou que nenhuma das suas ex-namoradas jamais fez algo tão intimo e carinhoso por ela.

— Que acha de ficarmos aqui mesmo? Eu posso preparar o almoço se você quiser, sou boa na cozinha. E então podemos ver um filme da sua... — Mayara segurou o rosto da outra e a fez olhar para ela, aproximando-se o bastante para ficar a centímetros de beijá-la. — Enorme coleção de DVDs. O que acha?

— Para mim parece ótimo. Mas... Posso ficar mais um pouco aqui? — perguntou enquanto esfregava a cabeça contra o ventre morno da namorada e recebia uma confirmação seguida de um riso divertido em resposta.

***

Paulo estava se divertindo muito com os amigos na casa da mãe de Agatha. No sábado tinham assistido desenhos e comido pipoca, dado uma volta no parquinho e comido pizza na janta. Mas o mais legal era que a mãe de Agatha o tratava bem, a ponto de o garoto sentir quase como se tivesse sua mãe de novo.

Eles passaram a noite em sacos de dormir no quarto de Agatha, onde mais cedo brincaram muito com os jogos de tabuleiro e bonecas da menina. Inventaram uma brincadeira em que Paulo era pai solteiro e Luís tinha de tomar conta de filhas gêmeas enquanto a esposa estava viajando.

Enquanto Agatha, bom, ela era uma mulher famosa e rica que preferiu ter só um cachorro. E a cachorrinha Laika entrou na brincadeira também. Paulo gostou de ninar a boneca e colocá-la no carrinho para passear. Ficou feliz de poder fingir que era um bom pai que se preocupava com a filha.

No Domingo a mãe de Agatha disse que eles iriam até um evento para crianças que estava acontecendo num shopping ali perto e ele estava animado com isso. Nem sentiu tanta falta de Diego e Marcelo durante o tempo que esteve com os amiguinhos. Claro que gostava dos dois, mas não se sentia abandonado ali.

Por causa da animação de passear mais tarde, o menino acabou acordando antes dos amiguinhos, mas ficou deitado no saco de dormir encarando os adesivos que brilhavam no escuro que Agatha pregou no teto do quarto. Uma coleção de estrelas, luas e sóis de vários tamanhos.

E enquanto estava deitado ali, lembrou de algo que aconteceu mais cedo no sábado enquanto os três viam um filme animado na tevê. O pai de Agatha ligou. A mãe da menina fez o possível para disfarçar e não deixar a filha perceber quem estava no outro lado da linha, mas Agatha notou.

— É o meu pai. Ele liga às vezes, mas nunca quer falar comigo. Outro dia me levou para um parque de diversões, mas tinha uma moça junto e ele nem falou direito comigo. Eu não gostei dela e contei pra minha mãe e ela me disse para eu tomar cuidado. — Vanessa sentiu o sangue ferver quando ouviu o que a filha contou. O ex-marido mal havia se divorciado e já tinha arrumado uma namorada e pelo que Agatha falou, a moça era bem mais nova que ele.

— Eu não fico mais esperando o meu pai vir me buscar. Ele tem esquecido muito de mim, outro dia fiquei um tempão sentada no portão esperando e daí, quando eu entrei, porque cansei de ficar lá, ele ligou dizendo que não podia vir me buscar porque tinha uma coisa pra fazer. — Agatha contava a situação para os dois meninos sem nem tirar os olhos da tela da tevê ou parar de colocar pipoca na boca, Paulo achou que ela parecia meio desligada, como se não estivesse ali de verdade.

— Acho que não gosto mais do meu pai. Não como eu gostava antes de ele se separar da minha mãe. — declarou a menina categórica para em seguida olhar para os dois garotos e sorrir.

— Mas tá tudo bem, eu amo a minha mãe o dobro! — declarou enquanto passava o balde de pipoca para Luís.

Mais tarde naquele sábado, enquanto Agatha foi tomar banho, Luís comentou com Paulo que se sentia triste pela amiga e que queria fazer algo para animá-la.

— Meu pai e minha mãe ainda moram juntos. Às vezes eles brigam, mas nunca falaram em se separar. Dá pra ver que a Agatha tá bem triste com tudo isso... E eu me sinto triste também. — Paulo respondeu que Diego e Marcelo às vezes brigavam também, mas não sempre e a briga nunca durava muito tempo.

— Mas eu entendo porque ela tá triste. O pai dela não vem buscar ela e arrumou uma namorada que não gosta dela. Isso deve doer. Eu também fico triste quando ela começa a falar essas coisas. — declarou Paulo, dizendo para Luís mudar de assunto quando a porta do banheiro se abriu.

Toda aquela conversa com o amigo veio a sua mente enquanto estava deitado olhando o teto estrelado do quarto de Agatha. Não sabia quanto tempo se passou, mas logo a mãe da menina veio chamá-los para tomarem café da manhã.

O resto do dia correu tranquilo. Eles foram ao shopping e brincaram na exposição interativa que estava tendo, pintaram desenhos e escalaram uma parede de alpinismo para crianças. A mãe de Agatha tirou várias fotos, que enviou para Diego e Miriam, e então eles almoçaram num restaurante enquanto os três fingiam que eram gente grande e importante num jantar de negócios e logo já era hora de irem para casa.

Miriam passou buscar o irmãozinho e ficou conversando com Vanessa por alguns minutos, comentando o quanto conseguiu estudar para o vestibular no final de semana, até receber uma mensagem da mãe pedindo para que voltasse para ficar com a avó enquanto ela ia preparar o jantar. Elas se despediram combinando de sair juntas um dia desses.

Diego e Marcelo chegaram meia hora depois. Paulo quase fez birra para ficar mais um pouco com Agatha, mas quando ouviu que pediriam um lanche pro jantar, o menino desistiu de fingir que não ouvia os chamados para ir embora. Abraçou a amiguinha e se despediu da mãe dela, agradecendo pelo final de semana.

— Diego, ele é um menino de ouro. — Vanessa disse, inflando o ego de Paulo, que entrou no carro todo orgulhoso e no trajeto até em casa contou tudo o que haviam feito, sem saber que Vanessa havia mandado todas as informações para Diego por whats.

Quando entraram em casa, Diego mandou o irmãozinho para o banho enquanto ligava para a lanchonete. Ainda estava esperando atenderem a ligação quando notou ao olhar pela janela da cozinha, que algo estava errado no pequeno quintal nos fundos e quando foi conferir se deu conta de que algumas coisas que estavam ali tinham sumido.

— Ma, vem cá um minuto! — Marcelo estava no quarto trocando de roupa, mas veio logo em seguida, parando ao lado do marido e olhando para fora, para em alguns segundos perceber.

— Cadê a bicicleta do Paulo e a minha churrasqueira? — e então ele notou uma pegada mal estampada no muro e tudo ficou claro. Tinham sido roubados.

— A gente não devia ter saído o final de semana inteiro, foi culpa minha isso! Eu não devia ter... — segurou o rosto do marido com as duas mãos enquanto encarava-o em silencio por alguns segundos.

— Não foi sua culpa. Tá bem? Respira fundo, vai ficar tudo bem. — ele andou pelo quintal e percebeu que algumas outras coisas também tinham desaparecido. Sua caixa de ferramentas e um rádio velho que não funcionava, mas que ele guardou porque um dia pretendia tentar arrumar.

— O que eu vou dizer pro Paulo? Ele adorava aquela bicicleta! — declarou Diego enquanto demonstrava sinais de um ataque de pânico. Marcelo achou que podia deixar a inspeção do que desapareceu para depois e pegou o marido pelo braço, levando-o até o sofá, onde o fez se sentar enquanto pegava uma garrafa de água gelada.

— Coloca no pulso e depois na testa. Você sabe como funciona. — aquele era um truque que eles aprenderam quando Diego teve a primeira crise de pânico há alguns anos. Contato com algo gelado causava certa calma.

— A gente vai repor as coisas que sumiram, fica tranquilo. Mas primeiro temos de pensar num jeito de proteger a casa, porque se entraram no quintal, quem diz que não vão tentar entrar aqui depois? — Diego suspirou exausto e comentou que a casa ao lado da deles estava desocupada há um bom tempo e os ladrões deviam saber disso.

— Nem adianta ligar pra polícia, só por causa de meia dúzia de coisas. Além do que eu não tenho estomago pra lidar com o descaso deles. — desabafou frustrado e ao ouvir o click do trinco do banheiro se abrindo, sentiu um arrepio incomodo percorrer sua espinha. Tinham de contar para o garoto.

Paulo entrou na pequena sala e viu a expressão incomodada de Diego e logo pensou nas piores coisas que poderiam acontecer, incluindo que sua avó paterna tinha de alguma forma conseguido sua guarda.

— O que foi? — perguntou enquanto se aproximava dos dois e encarava Diego, com seus grandes olhos escuros.

— Paulo... Sabe a bicicleta que a gente te deu de aniversário... Então, enquanto estávamos fora esse final de semana... Alguém entrou pelo nosso quintal e bom... Alguém... — não conseguia terminar a frase, o coração parecia um tambor dentro do peito e o pavor de que os ladrões pudessem voltar naquela noite o enchia de pavor.

— Alguém roubou a sua bicicleta, Paulo. E algumas coisas minhas também. Mas não se preocupa que a gente vai comprar uma nova, mas talvez demore um pouco, porque vamos ter de proteger a casa primeiro. — o menino olhou do rosto de um para o do outro com uma expressão chocada e apesar do alivio momentâneo de não ter sido nada tão pesado quanto ser arrancado da casa deles de novo, ele tinha perdido uma coisa que gostava muito. E então veio o choro.

— A minha bicicleta! Por quê? — Diego o abraçou enquanto tentava acalmá-lo. O menino chorava sentido e aquilo lhe causou mais dor do que o medo que estava sentindo pela invasão e roubo.

— Tá tudo bem, Paulo. Nós vamos resolver isso. — e olhando para o marido, complementou. — amanhã vamos dar um jeito de ir numa daquelas lojas de construção, de segurança, sei lá e comprar alguma coisa pra proteger a casa. Hoje eles levaram umas coisas, amanhã não quero acordar com um deles aqui dentro apontando uma faca ou coisa pior pra mim ou pra vocês. — carregava o irmãozinho no colo e aos poucos o menino foi se acalmando e agora apenas soluçava silencioso.

— Pode deixar. Vamos dar um jeito amanhã mesmo. Mas agora, vamos pensar no que comer. Você pediu os lanches? Não? Tudo bem, eu peço e daqui a pouco vai tá aqui. Vem me ajudar a escolher, Paulo. — com certa dificuldade conseguiu convencer o menino a ir com ele até o telefone e após pedir a comida, pegou no armário alto, fora do alcance do garoto, um frasco com comprimidos, calmantes que às vezes Diego tomava, pegou dois e entregou ao marido com um copo de água.

— Toma e assim que a comida chegar, a gente come e vai dormir. Não vai acontecer nada. Eles queriam coisas fáceis de vender, mas concordo com você de que devemos proteger a casa. — agradou a cabeça do marido enquanto abraçava o garoto pelos ombros e pensou que não se podia ter um minuto de felicidade naquele mundo sem que algo ruim acontecesse logo em seguida. Pelo menos os três estavam fisicamente bem.

Continua...

Nota da autora:

Bom gente, nós tivemos todos aqueles capts. +18 e agora voltamos a nossa programação normal em que acabou de acontecer um roubo na casa de Diego e Marcelo! Além disso, parece que o Joaquim tá pegando um resfriado (mas não, não é covid, porque a história se passa em 2019). Pelo menos Letícia e Mayara estão tendo um bom momento juntas.

Também soubemos um pouco sobre a dinâmica do Silas, pai da Agatha e como a menina aos poucos está perdendo aquele amor incondicional que os filhos têm pelos pais, quando um deles começa a pisar na bola com frequência.

Espero que vocês estejam gostando da história, não se esqueçam de deixar um comentário. Obrigada por lerem até aqui e até o próximo capítulo.

Perséfone Tenou

  

 

 

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Sinopse: A vida de Diego mudou completamente quando ele recebeu uma ligação num Domingo de manhã, informando que sua mãe, com quem ele n...