sábado, 12 de novembro de 2022

Lar é onde o coração está - capítulo 56

 

Marcelo levantou em cedo e em silencio naquela manhã e foi até o banheiro, pois não queria acordar o marido. O lugar que tinha machucado no dia anterior estava dando umas fisgadas doloridas e apesar de saber que tinha de fazer alguma coisa, não queria ouvir o sermão de Diego, que com certeza falaria algo como “eu te disse pra ir na UPA ontem, não é?” .


Havia pouquíssimas coisas que ele detestava no marido, mas uma delas era aquele comportamento de jogar na sua cara quando algo do qual havia sido avisado, por Diego, que daria errado, no fim acontecia. E enquanto estava em pé na frente do espelho, desembrulhou a faixa em volta da mão e observou o corte fundo que foi feito na área logo abaixo do seu polegar.

E claro, também havia o fator de que ele era um acupunturista e precisava de ambas as mãos em boas condições para exercer a profissão, afinal, como iria aplicar as agulhas com aquele talho na mão? – pensando isso, se recriminou mentalmente por ter sido tão descuidado ontem e estava pensando em como contar para Diego que precisaria ir ao pronto-atendimento, quando ouviu uma batida tímida na porta do banheiro.

Ao abrir, encontrou Paulo em pé do outro lado, encarando-o com aqueles grandes olhos castanhos e assustados e só então Marcelo se deu conta de que tinha ficado quase uma hora sentado em cima do tampo da privada olhando para o corte que continuava repuxando dolorido.

— Bom dia, rapazinho, precisa ir no banheiro? — viu Paulo concordar com um gesto de cabeça e então deu passagem para o menino e ouviu a porta se fechar a suas costas.

— Tá tudo bem, Ma? — ouviu a voz de Diego as suas costas e suspirou cansado, prevendo todo o discurso do “eu te disse” que com certeza viria quando mostrasse o ferimento que agora estava doendo.

— Lembra o corte que eu fiz sem querer ontem enquanto colocava as serpentinas? Então... Começou a doer hoje e acho que vou precisar de pontos mesmo. — não olhou para trás, não queria ver a expressão de satisfação involuntária que aparecia no rosto do outro, Diego não era uma má pessoa, mas não conseguia disfarçar suas expressões.

— Deixa eu ver. — sentiu a mão morna dele segurando seu braço e permitiu que pegasse seu pulso, mas não o encarou.

— Quer que eu te leve no UPA? Podemos sair agora, eu te deixo lá, vou levar o Paulo e quando você sair me manda um whats e eu saio da imobiliária e vou te buscar. — sem repreensão, sem bronca, sem “eu avisei, não é?” e isso surpreendeu Marcelo que não conseguiu se conter e perguntou se o outro não tinha nenhum comentário sobre aquilo.

— Você sabe que eu tenho, mas agora não é hora de ficar jogando coisas na sua cara. A gente precisa cuidar desse corte e rápido. — Viu Diego voltar para o quarto, se trocar, sair e bater na porta do banheiro, dizendo para Paulo ir se aprontar, que eles sairiam mais cedo hoje.

Em seguida ele foi para a cozinha, onde começou a montar a lancheira do menino. Marcelo podia notar que o outro estava incomodado, pois isso ficou transparente na sua expressão facial, mas não conseguia entender o motivo. Foi um acidente bobo e ele só contou porque não conseguiu resolver sozinho.

— Paulo, anda logo! Você toma café no carro hoje! — Diego chamou o irmãozinho ao mesmo tempo em que fechava a lancheira e lançava um olhar irritado para o marido, dizendo para que fosse trocar de roupa.

— Ou você vai de pijama pra UPA? — pressentindo que uma discussão estava chegando, Marcelo não retrucou e voltou para o quarto trocar de roupa. Colocou uma faixa limpa em volta do ferimento e voltou para a cozinha, onde ouviu o menino perguntar porque tinham de sair tão cedo.

— Eu vou levar o Marcelo no hospital. — Diego disse com certa rispidez, o que causou desconforto e medo em Paulo que ao ouvir a palavra “hospital” pensou em coisas ruins que aconteciam lá.

— Ele tá doente? — começou a ficar assustado com o que poderia acontecer, mas Diego não respondia e isso fez com que fez com que o medo se tornasse ainda maior. O garoto pegou a lancheira oferecida pelo irmão com receio e foi até a porta, parando e olhando por sobre o ombro.

O trajeto até a escola foi bem ruim. Paulo não conseguiu comer o sanduíche de mussarela que Diego fez, porque podia sentir que os dois ali nos bancos da frente estavam quase a ponto de brigar e talvez só não fizessem isso porque ele estava ali. Quando estava para descer do carro, o menino olhou para trás e encarando o irmão fixamente pediu para que não brigassem, virando-se e entrando na escola em seguida; deixando os dois adultos perplexos para trás.

Quando Marcelo voltou a sentar no banco do carona, a irritação de Diego tinha sido substituída por uma expressão desconfortável de vergonha e ele permaneceu em silencio até chegarem a UPA.

— Di, você ainda está irritado com... Você sabe? — perguntou enquanto apontava para a mão enfaixada e via o marido negar com um meneio de cabeça.

— Antes eu tava sim, eu tava muito puto porque você não me ouviu ontem e agora a gente teve de vir aqui, mas quando eu vi a expressão do Paulo, o jeito que ele olhou pra mim, como se soubesse que eu ia brigar com você, ia ser uma discussão feia e a gente ia acabar ficando sem falar um com o outro por dias, por que... Eu tou tentando equilibrar tudo isso que tá acontecendo e mesmo tirando esse fim de semana que passou pra descansar, ainda me sinto estressado. — o carro estava parado em uma rua paralela ao prédio da UPA e apesar de saber que ainda tinham algum tempo, Marcelo pensou que talvez não devessem demorar tanto.

— Eu vou indo lá então, não se preocupa que eu chamo um uber pra voltar pra casa, tá? Obrigado por me trazer até aqui... — estava quase descendo do carro quando sentiu seu cotovelo ser pego pela mão de Diego e ao olhar para trás, encontrou aquela expressão envergonhada e triste que via de vez em quando.

— Eu te amo, você sabe né? E é por isso que me preocupo quando algo acontece com você. Ontem, quando vi esse machucado na sua mão, só conseguia pensar em riscos de infecção e depois, que isso ia atrapalhar seu trabalho. Mas mais do isso, eu me preocupei que você estivesse com dor...  — não conseguia olhar no rosto de Marcelo e a cada palavra que dizia, podia sentir que o rosto estava esquentando de vergonha.

— Eu só quero poder cuidar bem de quem é importante pra mim, mas as coisas tão ficando complicadas agora que eu tenho mais uma pessoa pra tomar conta e apesar do Paulo não exigir tanto, eu acabo me cobrando por não ser o apoio que ele devia ter. Então, quando você me mostrou sua mão hoje de manhã eu meio que surtei pensando que mais uma vez não fui capaz de cuidar direito de vocês... — sentiu seu rosto ser seguro com gentileza e virado delicadamente para encarar o outro e em seguida, a pressão macia dos lábios mornos de Marcelo contra os seus.

— Tá tudo bem. Você não tem de tomar conta de tudo sozinho, porque eu tou aqui pra ajudar, mesmo que nessa situação aqui, eu seja o motivo do problema... — sentiu um beijo suave ser depositado em sua testa e ouviu Marcelo murmurar contra seu ouvido.

— Eu também te amo e amo o jeito que você se preocupa e cuida de mim, mas as vezes do mesmo modo você precisa aceitar que existem coisas que estão alem do seu domínio, e não tem problema. Fiz a burrice de me machucar ontem e não vim tomar pontos, hoje você me trouxe e vai ficar tudo bem. — segurou a mão de Diego com a sua que não estava enfaixada e após alguns segundos em silencio, informou que ia entrar na UPA.

— Me manda mensagem quando tiver alta. Eu venho te buscar. — acabou aceitando, porque sabia que o outro só ficaria tranquilo quando o visse com o ferimento suturado.

***

Paulo havia acabado de entrar na sala de aula, acompanhado de Agatha e Luís, quando viu que Emmanuel estava com o braço esquerdo engessado e exibia uma mancha arroxeada na bochecha direita. Todas as crianças da sala sabiam que o outro menino apanhava em casa, mas nenhuma delas se importava, pois o garoto era um valentão agressivo demais para gerar qualquer tipo de sentimento de pena.

— Acho que foi o pai dele.  — sussurrou Agatha enquanto se sentava ao seu lado na carteira. Paulo concordou com um gesto de cabeça enquanto pegava o caderno na mochila e olhava com o canto do olho para o outro garoto, pois sabia que se fosse visto o observando, poderia levar uns socos no intervalo e não aguentaria outra ida à diretoria.

— Hoje de manhã o Marcelo e o Diego brigaram feio. — contou para os amigos aos sussurros, enquanto Marta escrevia uma lição na lousa. Detalhou a história, parando de falar sempre que a professora se virava na direção da turma.

— Mas e daí? O que aconteceu? — Agatha perguntou ao mesmo tempo em que pegava a borracha no estojo para apagar uma palavra que escreveu errado. Paulo disse que não sabia dizer, pois desceu do carro, no entanto esperava que eles tivessem feito as pazes.

— Eu não gosto quando eles brigam... Eu me sinto mal, porque me lembra de quando meus pais brigavam. Meu pai brigava muito com a minha mãe... E às vezes até batia nela. Diego e Marcelo nunca bateram um no outro, mas ainda assim... — o menino suspirou cansado e estava virando a página do caderno, quando uma bolinha de papel acertou sua cabeça.

Ao olhar na direção de onde veio, viu Emmanuel sorrindo de forma cruel enquanto fazia caretas para ele e gesticulava para que abrisse o papel. Paulo o fez com receio e leu naquela caligrafia garranchada e tremida “você é um viado idiota”.

Sabia o que aquela palavra significava, pois tinha perguntado para Diego há alguns meses. A explicação que recebeu era que aquilo era uma forma ofensiva de se referir a homens que namoravam outros homens, como era o caso dele e Marcelo. Mas também frisou para que se um dia alguém lhe dissesse aquilo, para que Paulo ignorasse. “Não vale a pena discutir com esse tipo de gente. Eles são burros e vazios.

Com base nisso, o garoto pegou o bilhete e o amassou novamente em uma bola, para em seguida levantar e ir jogá-la no cesto de lixo próximo a porta da sala de aula. Tal reação surtiu efeito imediato em Emmanuel que bufou de raiva, como aquele merdinha podia ignorar sua provocação?  Ele veria só!

***

Após esperar por mais de duas horas, Marcelo foi atendido por uma enfermeira que lhe deu um sermão sobre infecção e irresponsabilidade com o fato de ele não ter vindo dar pontos no dia anterior. Ela fez a sutura, mas o repreendeu o suficiente pelo resto da vida.

— Muito bem, está pronto. Mas o senhor tem de tirar pelo menos uma semana de repouso com essa mão ou vai abrir os pontos. Vou marcar aqui para você voltar semana que vem para tirar os pontos. — declarou a moça enquanto preenchia a ficha de alta dele. E só ai que caiu a ficha, Marcelo tinha pacientes naquela semana na clinica de acupuntura. Teria de ligar para Claudia e pedir que ela remarcasse as consultas.

Agradeceu e saiu na frente da UPA com a mão enfaixada e a ferida suturada ainda latejando, mas segundo a enfermeira, sem risco de infecção.  E então ligou para Diego e depois para a clínica, onde informou de forma superficial para a secretária o motivo de não ir naquela semana. A moça expressou preocupação, mas Marcelo a acalmou dizendo que não foi nada sério, mas não poderia trabalhar até tirar os pontos.

Diego demorou um pouco para chegar, mas também, a imobiliária ficava de um lado da cidade e aquela UPA ficava do outro, não tinha como eles fazerem nada. Assim que entrou no carro, sentiu o olhar do marido sobre sua mão enfaixada e ficou esperando a bronca, o “eu te disse, não é?”, mas para sua surpresa, a frase não veio.

— Deu tudo certo? Ainda conseguiram dar pontos? — a voz de Diego estava pontuada por preocupação, o que fez com que o outro desse um pequeno sorriso enquanto contava sobre o atendimento na enfermaria. Quando chegou na parte em que levou uma bronca, viu Diego torcer os lábios em uma careta e ficou claro que ele estava se segurando para não falar “Tá vendo? Eu não falei!”.

Eles passaram em uma farmácia onde compraram gaze e faixas para trocar o curativo.

Quando chegaram em casa, Marcelo informou que não ia ficar fazendo nada a semana inteira e antes de Diego sair, pediu que ele fizesse uma lista de tarefas que precisavam ser executadas na casa, ao que o outro rebateu irritado.

— Você tá machucado, não pode ficar fazendo esforço! — Marcelo abraçou o marido pelos ombros e lhe deu um beijo na têmpora direita antes de explicar que só tinha cortado a mão, não quebrado o braço e que ainda podia fazer muitas coisas sem correr o risco de “abrir os pontos”.

— Tá, eu sei que se não deixar algo pra você fazer, vai acabar arrumando algo perigoso por conta própria. Não tem muita coisa, porque hoje ainda é começo de semana, talvez lavar e estender as roupas e ir no mercado comprar umas coisas que tão faltando. —  Diego sabia que o outro não conseguia ficar parado e disse que quando voltasse a noite pensaria em mais algumas tarefas para o resto da semana.

— O que a enfermeira disse sobre esses curativos?  — ouviu a explicação com interesse e após ver que o próprio Marcelo poderia fazer a manutenção, Diego ficou mais tranquilo. Deu um beijo rápido nos lábios do marido e disse que ia voltar para a imobiliária, avisando que Paulo e Mayara chegariam dali algumas horas.

— Eu vou preparar um almoço pra eles então. — Diego estava quase saindo, mas voltou correndo e beijou Marcelo com paixão e certa urgência. Não sabia explicar o motivo, só sentiu que precisava fazer aquilo.

  — Já disse que eu te amo?  — ao que em resposta ouviu o outro dizer por entre risos, “hoje ainda não”. Beijou-o uma segunda vez e repetiu “Pois é, eu te amo” e então saiu correndo para voltar à imobiliária, sentindo-se estranhamente feliz.

***  

Joaquim estava meio distraído aquele dia na loja de sabonetes. Ele e Francisco tinham conversado na noite anterior e após muita insistência de sua parte, o namorado lhe contou sobre a fantasia secreta que ele tinha e aquilo o surpreendeu.

Estavam assistindo um filme enquanto ficavam abraçados debaixo das cobertas, quando o loiro perguntou sobre a tal fantasia que o namorado comentou ter naquele dia em que realizou a sua de ser tomado com certa bruteza. No começo Francisco hesitou e tentou desconversar, dizendo que não queria chateá-lo, o que fez com que Joaquim apenas insistisse ainda mais, quase colocando o namorado, metaforicamente, contra a parede.

— Tá bom, eu conto. Mas espero que isso não mude a forma como você me vê... — Joaquim esperou todo tipo de coisa absurda e estranha, mas quando ouviu, apenas expressou uma reação comum de surpresa.

— Eu queria te ver usando uma... Lingerie. Sabe, de renda e com aquelas meias 3/8 e ligas e... Ah isso é tão vergonhoso de dizer em voz alta! E agora você tá olhando pra mim com essa cara de horror... — viu o namorado sair do quarto e rumar até o banheiro. Deu alguns segundos e o seguiu.

— Você quer isso por algum motivo especifico? — perguntou enquanto parava na porta do pequeno banheiro e via as costas tensionadas do namorado, enquanto ele se apoiava na pia com ambas as mãos.

— Na verdade eu quero porque é você. Só de te imaginar usando eu já fico duro... Mas eu vou entender se você achar que é vergonhoso ou desconfortável... — abraçou Francisco pelas costas, sentindo o calor morno da pele dele sob a camiseta do pijama e quando ele se virou, viu uma protuberância considerável na área das calças do pijama. Ele não estava brincando!

— Eu não vejo nenhum problema em colocar uma lingerie, até porque se só de pensar em mim vestindo já te deixou assim, imagina o que me ver usando ela poderia causar? — deslizou a mão com cuidado dentro do pijama do namorado, envolvendo a rigidez meio firme em sua mão, enquanto que com a outra e a ajuda de Francisco, baixava as duas peças de roupa para o chão.

— Você não precisa fazer se não quiser... — estava ajoelhado no chão do banheiro enquanto masturbava Francisco com lentidão e então sentiu aquele afago gentil em seus cabelos e ergueu os olhos, encarando o namorado de baixo.

Aquele par de olhos claros e o cabelo loiro emoldurando o rosto bonito de Joaquim causaram uma falhada nas batidas do seu coração, como ele podia parecer tão inocente enquanto fazia algo tão sensual?

— Mas eu quero. Porque eu te amo e também porque acho que vai ser divertido fazer algo fora da rotina. — depositou um pequeno beijo na ponta da ereção que agora estava firme e antes de iniciar algo, complementou com um sorriso. — Obrigado por me contar. Eu fico feliz que a gente tá num relacionamento onde confiamos um no outro o suficiente para sermos sinceros.

Tomou o namorado com a boca sem pressa, apreciando os sons ofegantes que Francisco soltava conforme ia aumentando a cadencia dos movimentos e então sentindo os dedos firmes dele enredar-se em seus cabelos e puxá-los com cuidado quando estava próximo do ápice.

Quando se levantou, era ele quem exibia uma rigidez dolorosa dentro da roupa e pensou em cuidar daquilo sozinho, mas o namorado tinha notado e não o ignorou. Agora era ele quem estava com as roupas ao redor dos tornozelos, enquanto sentia a mão forte e morna de Francisco em volta de sua rigidez, enquanto que a o outra segurava seus punhos acima da cabeça em uma posição que o deixava meio submisso. E isso o excitou ainda mais.

Beijaram-se quando despejou sua semente na mão do namorado, e ofegantes acabaram tomando um banho antes de voltarem para a cama. Francisco estava quase adormecendo, quando Joaquim o chamou e ele abriu um olho, encarando o rosto bonito de anjinho devasso do namorado que lhe sorria enigmático.

— Só tem uma regra que eu quero acrescentar ao seu pedido. Não vai ter data marcada, será um dia qualquer quando eu resolver, tá bem? — beijou-o nos lábios e na testa com carinho e respondeu que “sim, como ele quisesse”.

 Joaquim foi trazido de volta à loja de sabonetes quando ouviu o sininho que tocava sempre que alguém entrava e sorriu ao ver que era o namorado que tinha lhe trazido o almoço.

— Oi, tudo bem aqui? — ouviu Francisco perguntar e após checar o relógio e ver que era hora do seu intervalo, foi até a porta da loja e a trancou, virando a plaquinha de “aberto” para “fechado”.

— Melhor agora. — trocou um beijo longo com o namorado para em seguida rumarem até a pequena copa nos fundos da loja. Até alguns minutos antes o loiro estivera olhando modelos de lingerie pelo celular, pensando em quais ficariam bons.

Pela enésima vez desde que conheceu Francisco, Joaquim se sentiu feliz de estar naquele relacionamento onde se sentia amado e respeitado e no qual podiam conversar sobre coisas que muitas vezes poderiam ser desconfortáveis ou inicialmente vergonhosas, sem medo de julgamento um do outro.

Naquele momento, aquela voz chata que lhe dizia que ele não merecia nada daquilo estava quieta e por isso Joaquim agradecia imensamente.

Continua...

 

 

Nota da autora:

Bom gente,

Para quem acompanha a história desde que eu comecei a postar, lá em 2019, quero dizer, muito obrigada, e também pedir desculpas pelo hiato de um mês, mas em Outubro aconteceu tanta coisa estressante na minha vida que eu não tive ânimo de sentar e escrever.

Por isso a demora em atualizar. Eu não abandono minhas histórias, às vezes elas entram em longos hiatos, mas em algum momento serão retomadas. Enfim, este é meu pedido de desculpas para quem acompanha esta história e ficou sem atualização por um mês.

Pode ter gente que está lendo isso aqui e dizendo “ain, mas é só uma historia boba, porque tanto drama só porque não conseguiu atualizar?” Então, pode ser boba, passatempo para algumas pessoas, mas pra mim, mesmo não dando retorno financeiro, escrever é uma das poucas coisas que ainda me dá alegria.

Mas, enfim, vamos agora ao capitulo que é o que interessa!

O Marcelo teve de ir na UPA cuidar do machucado, levou um chá de cadeira e ainda uma bronca da enfermeira. Mas como vocês viram, o Diego tentou ser compreensivo e não brigar com o marido por sua imprudência. – talvez tenha algo haver com o pedido do Paulo para eles não brigarem.

Falando em Paulo, eu gostei de escrever a reação dele ao bilhete bobo do Emmanuel, porque é bem aquela coisa, se não damos importância a esse tipo de ataque verbal, o abusador fica frustrado. +O Emmanuel tá com o braço quebrado, pretendo abordar isso nos próximos capítulos.

E pra fechar com chave de ouro o capitulo, tivemos Francisco e Joaquim numa ceninha tórrida, além da fantasia secreta do Francisco. Não, eu não estou tentando “fetichizar” o Joaquim, casais têm fantasias sexuais particulares e eu só imaginei que essa aqui ficaria legal com eles.

E é isso pessoal, espero conseguir retomar o ritmo de escrita em breve e trazer não só mais capítulos desta aqui, mas de outras histórias novas para vocês.

Por favor, se leu até aqui, deixe um comentário para eu saber que você está acompanhando a história e... Até o próximo capítulo.

 

 

Nenhum comentário:

Lar é onde o coração está

Sinopse: A vida de Diego mudou completamente quando ele recebeu uma ligação num Domingo de manhã, informando que sua mãe, com quem ele n...