sábado, 17 de dezembro de 2022

Lar é onde o coração está - capítulo 58

  

Estava sentado na cama ao lado de Marcelo. Paulo já tinha ido dormir e Diego mexia no celular, olhando as milhares de mensagens que as mães do grupo da escola tinham deixado, nas poucas horas que o espaço foi criado no whats app e pensando que aquelas mulheres pareciam um pouco exageradas.



Tinha sido sugestão de Marta na ultima reunião de pais e mestres, criarem um grupo onde ela colocaria conteúdos extras para as crianças e fotos dos passeios que eles fariam naquele ano. No primeiro momento Diego achou uma ideia muito boa, até começar a receber aquela enxurrada de mensagens e desativar as notificações.

— Caramba! — reclamou baixinho, ouvindo o marido perguntar o que foi.

— Essas mães, se elas pudessem, eu acho que mandavam os filhos pra escola naquelas bolhas de plástico impermeável. Olha essa aqui! — e mostrou uma mensagem em que uma mãe dizia que a filha não deveria fazer educação física porque ela poderia cair e quebrar o braço ou a perna.

— E a coisa só piora. Além do que eu sou o único “pai” do grupo. — Diego frisou a palavra fazendo aspas com os dedos enquanto fechava o aplicativo e colocava o aparelho pra carregar ao lado da cama.

— Eu quero estar a par da vida escolar do Paulo, mas essas mães... Aff. — deitou ao lado do marido e o encarou por longos segundos e então se lembrou daquele pensamento infeliz que teve ao vê-lo com Mayara e Paulo na sala.

— Hoje mais cedo eu tive um pensamento muito idiota... Idiota mesmo, mas eu queria te contar, posso? — viu Marcelo concordar com um gesto de cabeça e então falou sobre a sensação de que aquela imagem fazia muito mais sentido do que ele criando o irmãozinho com o marido.

— Idiota né? Eu sei. Essa minha ansiedade tá ficando cada dia mais fora de controle, mas eu não quero ter de ir atrás de tratamento... E daí eu fico contando essas coisas tão... Burras pra você! — fechou os olhos enquanto sentia o rosto esquentar de vergonha e suspirava cansado, mas quando sentiu o toque macio dos dedos de Marcelo em sua bochecha, abriu as pálpebras, encarando-o silencioso.

— Tá tudo bem. Digo, eu sei que não tá tudo bem como a gente gostaria que estivesse... Mas eu te entendo. A pressão lá fora pra que a gente entre num perfil de “família tradicional hétero” é forte pra caramba, mas se você quer saber, acho que estamos fazendo um trabalho melhor que muito casal hétero por ai criando o Paulo. Veja por exemplo aquele menino que vive implicando com ele... O...Como é mesmo o nome? — Diego soltou um risinho amargo e complementou, “Emmanuel”.

— O nome de um valentão a gente não esquece tão fácil. Bom, você tem razão. O Paulo me contou que ele apareceu com o braço quebrado e no grupo das mães, do qual a Olinda não faz parte (ainda bem), elas estavam falando que o pai bate nele e nos irmãos. — lembrou do choque com que o irmãozinho contou sobre o garoto com o braço quebrado.

— Acho que eu nunca seria capaz de dar um tapa sequer no Paulo. — disse por fim, enquanto era abraçado pelo marido e começava a querer adormecer.

— E é isso que te faz uma boa figura paterna, Diego. Desde que ele chegou aqui eu só vi você se desdobrar pra cuidar bem do menino, prover tudo o que ele precisa e dar o apoio que ele tem de receber. — em resposta Diego murmurou meio adormecido “Se você não tivesse me ajudado, não estaria dando certo”.

— Tá bom, você tá certo. — beijou a testa do marido e o ouviu ressonar adormecido, mas o sono ainda demorou um pouco para alcançar Marcelo que ficou encarando um ponto de luz na parede e pensando como poderia dar mais apoio a Diego durante aqueles episódios de ansiedade.

***

Mais cedo naquele dia, Joaquim tinha chegado exausto da loja, pois após Lola ter ido embora, apareceram várias clientes querendo comprar kits específicos de produtos, que estavam no fundo da loja, na área de estoque, o que fez com que o rapaz tivesse de se dividir entre ficar de olho na loja e ir nos fundos buscar os produtos.

            Nunca tinha ficado tão feliz como ficou naquele dia quando Francisco passou para buscá-lo. Seus pés estavam gritando de dor dentro dos tênis, os quais ele tirou assim que entrou no carro enquanto soltava um suspiro longo de alivio.

— Aff, acho que vou fazer uma salmoura quando chegar em casa, meus pés tão doendo muito! E isso que nem é Natal! Já pensou como vai ser no final de ano? Todo mundo que não sabe o que dar de presente acaba comprando kit de sabonetes... — fechou os olhos enquanto suspirava aliviado e ouvia Francisco rir ao seu lado, o que o fez abrir apenas o olho esquerdo para encará-lo.

— Qual a graça? — ao que ouviu o namorado dizer “nada, nada”, o que só serviu pra aumentar sua curiosidade, mas quando ouviu a resposta, ficou meio chateado.

— É que no dia dos namorados você me deu um kit de sabonetes... Eu não queria falar, por que tá vendo? Já ficou bravo. — Joaquim abriu a boca para responder, mas acabou desistindo.

— Naquele dia eu não tive tempo de ir no centro comprar nada, eu só quis te dar alguma coisa... — balbuciou incomodado enquanto olhava pela janela e ao pararem em um sinal, sentiu Francisco segurar sua mão com carinho.

— Eu não tou reclamando. Gostei do presente na época e continuo gostando agora. Eu só disse por que você perguntou, Quim. Você precisa parar de levar tudo pro lado pessoal. Eu sei! Não é algo que você consegue controlar, mas... — o sinal abriu e Francisco se calou, deixando Joaquim pensando que às vezes ele tomava tudo como uma crítica a sua pessoa (e isso costumava terminar neles discutindo, Francisco dormindo no sofá e eles mal se falando por alguns dias).

— Eu sei que você quis dizer que eu te dei um presente sem pensar... Quer saber? Deixa pra lá, eu só quero chegar em casa, tomar um banho e dar um jeito nessa dor nos pés. Mas e como foi hoje na editora? — disse, tentando mudar para um assunto mais ameno e ouviu com interesse o namorado contar sobre a nova leva de livros didáticos que lançariam no ano seguinte.

Após sair do banho, ouviu Francisco chamá-lo na sala e quando chegou lá, foi puxado com delicadeza para cima do sofá e teve suas pernas seguras e colocadas sobre as do outro.

— O que você vai fazer? — perguntou rindo enquanto sentia os dedos do outro apertarem seu tornozelo com firmeza, mas sem força e então as pontas dos dedos acariciarem as solas de seus pés, o fazendo rir, pois sentia cócegas ali.

— Massagem no seu pé. Então só fica ai bonzinho e assiste aqui o filme enquanto eu alivio a dor que você ainda deve estar sentido. — um aperto firme na sua panturrilha fez Joaquim jogar a cabeça para trás, pois ali estava bem dolorido.

— Eu tenho o melhor namorado do mundo. — murmurou enquanto fechava os olhos, apreciando a pressão firme dos dedos de Francisco em suas pernas e pés e o alivio que aquele contato estava trazendo.

— Na verdade acho que eu sou mediano, mas faço o meu melhor. — Francisco respondeu enquanto observava a expressão de puro alivio e satisfação no rosto do loiro e pensava que aquela expressão, que não tinha nada de sexual, também era muito excitante de se ver.

***

No dia seguinte, Mayara acordou abraçada por Letícia. Estava vestindo apenas a camiseta e a calcinha que usava no dia anterior, mas lembrava-se perfeitamente de tudo que tinha acontecido quando chegaram ao apartamento da outra moça. Jantaram, viram alguns filmes, se beijaram, beberam uma taça de vinho cada uma e então elas acabaram indo dormir. Sem sexo, sem nada mais ousado. Só dormiram, compartilhando a presença uma da outra.

Se desvencilhou do abraço com cuidado e saiu da cama na ponta dos pés, indo até o banheiro, onde estava tomando uma ducha quando ouviu Letícia bater na porta, perguntando o que ela gostaria para o café da manhã.

— Ah, o que você fizer tá ótimo! — respondeu enquanto vestia a mesma roupa e fazia uma nota mental de que deveria passar em casa antes de buscar Paulo na escola, para colocar uma roupa limpa. Enrolou a toalha na cabeça e saiu do banheiro usando apenas a camiseta e a calcinha, não era como se Letícia já não a tivesse visto com menos peças do que aquelas antes.

— Bom dia! Eu fiz tapioca e suco de laranja. Espero que goste. — viu a outra moça colocar um prato na sua frente e agradeceu sorrindo.

— Tá ótimo. Você... Dormiu bem? — perguntou meio envergonhada, mas não pode evitar sorrir, ao que ouviu a outra responder “Ah sim, nunca dormi melhor na minha vida do que na noite passada”.

— Você tá feliz com esse relacionamento que a gente tem? Digo, com a coisa toda de não rolar sexo sempre que a gente se vê... Eu tou perguntando por que gosto muito de você, Letícia, mas sei lá, talvez você esteja se esforçando demais pra fazer isso dar certo e quem sabe não seja... — sentiu sua mão ser pega em cima do balcão e olhou para a outra moça a sua frente que sorria de forma complacente.

Mayara perdeu alguns segundos observando como o cabelo curto emoldurava o rosto dela e o jeito que ela sorria, como surgiam pequenas covinhas nas laterais dos lábios e a forma como os olhos dela se contraíam. Ela sorria com o rosto todo e isso era tão bonito.

— May, achei que eu já tinha deixado claros os meus sentimentos por você. Eu disse que entendia e respeitava sua demissexualidade e que o meu principal interesse nesse relacionamento não era sexual. Claro que aquele dia que a gente ficou junta foi incrível e eu nunca tinha visto alguém gozar de um jeito tão lindo como foi com você, mas, não é tudo o que eu quero disso que a gente tem. Veja ontem, ontem foi maravilhoso. Dormir do seu lado, sentindo o contato da sua pele macia na minha, ouvindo a sua respiração do meu lado, foi a uma experiência maravilhosa! E eu espero que a gente possa repetir ela em breve. — Mayara ainda tinha dificuldades para acreditar que Letícia a aceitava e respeitava, depois do seu ultimo relacionamento frustrado, ela tinha ficado com várias cicatrizes emocionais.

— Eu gosto de ficar com você, Mayara. E eu gosto de você. — Mayara sorriu e então cortou um pedaço da tapioca, comendo com gosto e então fazendo um elogio.

***

O resto da semana se passou com rapidez e logo chegou o dia do passeio de Paulo ao museu Cata-vento. Diego não teve como se esquecer da data, pois as 6 da manhã o menino já estava batendo na porta do quarto, já vestindo o uniforme da escola e com a mochila nas costas.

— Marcelo... O Paulo acordou... — murmurou Diego enquanto cobria a cabeça com o travesseiro, ao que o marido respondeu “antes do sol nascer, ele é seu irmãozinho”*, recebendo uma travesseirada na cabeça em resposta.

— Não tente usar de “Rei leão” comigo! Vem, levanta, até porque ele não vai deixar a gente dormir mais mesmo. — arrastaram-se para fora do quarto, quase se chocando com o menino que estava em pé no meio do corredor e apesar do horário, Diego tinha de concordar que a animação do garoto era algo agradável de ver.

Deixou o café passando e foi no banheiro lavar o rosto, quase se chocando com Marcelo que estava em pé na frente da pia encarando o espelho e a cicatriz na mão direita. Ele já tinha ido tirar os pontos e disse que a enfermeira o elogiou pela rápida recuperação. “Também, não fiz nada a semana inteira...” e ao ouvir isso Diego rebateu com “Você ajudou um monte nas tarefas da casa, fez bastante coisa sim”.

— Deixa só eu jogar uma água no rosto? O Paulo tá sentado lá na cozinha, ligado no 220. Nunca vi esse menino tão animado, nem no primeiro dia de aula. — bocejou pela enésima vez desde que acordou e então jogou um golpe de água fria no rosto, acordando no susto.

 — Eu só volto pra clinica semana que vem. Se você não tiver visitas pra fazer pela imobiliária, pode voltar pra cá e a gente dorme mais um pouco. — sugeriu Marcelo, fazendo Diego rir e encostar a testa em seu ombro.

— Onde foi parar aquele fogo que a gente tinha de transar três vezes por dia? — ele perguntou enquanto saia do banheiro, mas sentiu seu pulso ser seguro pelos dedos firmes do marido e olho para trás surpreso.

— Ainda tá aqui, só que né, fomos acordados de supetão as seis da manhã... Não tem libido que consiga se manter firme com isso. Mas a proposta tá de pé, se você quiser voltar, quem sabe até lá eu tou mais... Acordado. — Marcelo deu uma piscadinha marota e sorriu, saindo do banheiro e rumando para a cozinha, onde perguntou o que Paulo queria levar de lanche na excursão.

— A gente vai fazer um “niqueninque” no jardim do museu, daí a profê Marta pediu pra cada um levar uma coisa. Eu queria levar uns lanches de presunto e queijo, porque a gente comprou isso ontem. Tem bisnaguinha ali no armário, eu vi quando o Diego guardou. E uma caixinha de suco, pra falar a verdade, eu queria levar três, pra dar uma pra Agatha e outra pro Luís. A gente vai comer juntos hoje. — a voz do menino parecia longe, ecoando de uma caverna distante na cabeça de Diego que só se sentiu melhor após tomar o primeiro gole de café.

— Eu ouvi que vocês vão fazer um... Picnic? Que legal. Mas não esquece de juntar todo o lixo e jogar no lugar certo, tá bom? Eu vou fazer seu lanche. — declarou Diego enquanto pegava os ingredientes e colocava sobre a bancada, enquanto sorria ao lembrar do “Niqueninque”*.

O ônibus só ia sair as 8h00 da frente da escola, mas lá pelas 7h00 o menino já estava quase fazendo birra porque “eles iam se atrasar” e após trocar um olhar significativo com o marido e um beijo rápido, Diego saiu para levar o garoto. O bilhete que veio quando o passeio foi anunciado informava que as crianças voltariam apenas no começo da tarde, por volta das 17h00, por isso ele avisou a Mayara, para que a moça pudesse usar o tempo em outra coisa naquele dia.

 Era uma sexta-feira e na semana seguinte começariam as férias de verão de Paulo e com isso, ele e Marcelo teriam de aumentar o valor pago para a moça, que teria de ficar o dia todo com o menino.

Estacionou em uma fila atrás de vários carros que descarregavam suas crianças na calçada e em segundos viu o irmãozinho se juntar ao grupo, correndo em direção aos dois amiguinhos que acenavam para ele. Pelo menos havia uma coisa boa nisso tudo, Emmanuel não estaria no passeio.

Apesar de tentar se sentir mal pelo garoto, boa parte de Diego estava aliviada, pois se na escola sob supervisão de tantos funcionários o menino já atacava Paulo, o que poderia acontecer em um lugar estranho em que apenas uma professora estaria responsável por toda a classe?

Tinha dado uma espiada no grupo de mães no whats e viu elas destilarem o veneno sobre Olinda. Claro que não simpatizava com a mulher, afinal como poderia, se ela achava que ele, o marido e todos os seus amigos deveriam arder “no mármore do inferno”* (pensar na frase o fez rir), mas aquelas mães... Elas eram cruéis. E algo lhe dizia que só não falavam mal dele, porque ele estava no grupo. (Mas com certeza deveriam ter um segundo grupo secreto onde faziam seus comentários homofóbicos).

Deu seta para sair de volta para a pista e pensou na proposta de Marcelo, as duas na verdade. De fazerem amor ou só tirarem algumas horas de sono. Ambas pareciam muito boas e com isso em mente ele entrou numa rotatória mais a frente e voltou para casa, mas não sem antes conferir mais uma vez se Paulo tinha entrado na escola.

***  

Joaquim tinha acordado mais cedo naquela sexta-feira. Após pensar durante toda a semana, chegou numa conclusão e queria conversar sobre ela com o namorado. Tinha ido até a padaria e comprado algumas coisas e quando Francisco acordou, a mesa estava posta e o café já na garrafa térmica.

— Acordou animado hoje hein? — abraçou a cintura esguia do namorado e o beijou no topo da cabeça, para em seguida sentar à mesa e começar a se servir.

— Sabe, eu gosto de trabalhar na loja de sabonetes... — começou o loiro enquanto s e servia de café.

— Mas... — só pelo tom de voz de Joaquim já sabia que ali tinha um ”mas” escondido e viu o outro dar um sorrisinho vencido, para em seguida encará-lo com aqueles grandes olhos claros hipnotizantes.

— Mas, eu não quero ficar ali o resto da vida. A Lola é uma patroa maravilhosa e a Mayara foi um amor de me arrumar esse emprego no momento que eu tava me sentindo mais fragilizado, só que eu acho que devia tentar estudar alguma coisa. Não uma faculdade, com tudo que tá acontecendo no país esse ano tá impossível, mas talvez um curso técnico. Tem vestibulinho agora no meio do ano e eu pensei em prestar. O que acha? — ainda não tinha olhado os cursos ou as instituições, mas decidiu que precisava fazer algo mais do seu tempo.

— Você acha que vai dar conta? Não tou duvidando de você nem nada, só perguntando por que talvez fique meio puxado sabe, trabalhar de dia e estudar a noite. Mas se você sentir que consegue, eu te dou total apoio. — Joaquim sentiu sua mão ser segura por sobre a mesa e em um gesto impulsivo levantou, deu a volta na mesa e sentou no colo do namorado, abraçando-o.

— Vai ser bem exaustivo, eu sei mas,  agora que você disse que ai me apoiar, eu tenho certeza que vou conseguir. Vou ver até quando vão as inscrições e quais cursos tão oferecendo. Sei que não vou ter muito tempo pra estudar, mas, tudo bem. — beijou o namorado com ardor e em poucos minutos o café estava esquecido em cima da mesa e teriam rumado para algo mais... apaixonado, se Joaquim não tivesse olhado relógio na parede da pequena cozinha e se dado conta de que se não saíssem naquele momento, poderiam se atrasar.

— Juro que compenso você a noite. — disse enquanto dava um último beijo apaixonado em Francisco, que não conseguia disfarçar a frustração, mas teve de aceitar a promessa do namorado.

E ele só podia afirmar uma coisa. Amava muito aquele homem.

.

Continua...

Nota da autora:

Ufa gente, esse capítulo eu fiz nessa madrugada de 16 para 17 de Dezembro, ainda com aquele problema de saúde (que envolve uma das minhas vistas) e muito sono! Mas eu tinha de fazer o capt pq né, essa história teve hiatos demais esse ano e eu quero pelo menos entregar quatro capítulos antes de o ano acabar.

Espero que tenham gostado das situações, a cena que eu mais curti escrever foi da Mayara com a Letícia (mas eu gostei de escrever todas, na verade) e claro, a sequencia do Paulo batendo na porta do quarto super animado com a excursão da escola.

Ah, também gostei muito de escrever a cena da massagem nos pés do Joaquim, porque foi aquela cena de intimidade não sexual entre um casal que acontece quando moram juntos por algum tempo.

Não sei se estou conseguindo, mas eu tenho tentado deixar os personagens mais humanos possíveis, ou seja, eles cometem erros, tem inseguranças, ficam irritados com coisas bobas e por ai vai.

* “antes do sol nascer, ele é seu irmãozinho”: aqui foi uma referência aquela cena de “O rei leão” quando o Simba acorda super cedo e o Mufasa diz, “antes do sol nascer, ele é seu filho”.

* “Niquenique”: O Paulo não é uma criança com nenhum tipo de défcit de aprendizagem, mas convenhamos, até um ano atrás o menino estudava em casa e não tinha acesso a televisão, então óbvio que ele nunca ouviu a palavra “Picnic”, por isso a confusão na hora de falar, mesmo o garoto já tendo sete anos.

* “no mármore do inferno”: essa frase fez muito sucesso na época da novela “O clone” e era dita pelo núcleo estrangeiro da novela. Eu achei que encaixava na cena.

Bom gente, espero que tenham gostado deste capítulo. No próximo teremos a visita do Paulo ao museu Cata-vento e talvez uma cena hot entre o Marcelo e o Diego (ou talvez eles acabem só tirando um cochilo juntos... Quem sabe?).

Não se esqueça de deixar um comentário, não precisa ser nada elaborado, pode ser só um “eu tou acompanhando” que eu vou agradecer e ficar muito feliz.

Obrigada por ler até aqui e até o próximo capítulo,

Perséfone Tenou

 

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