sábado, 14 de dezembro de 2024

Lar é onde o coração está - Capitulo 81

  

Diego tinha tirado algumas horas de folga da imobiliária para levar o irmãozinho até uma loja de brinquedos, para comprar algo para o aniversário de Agatha. Na verdade, Vanessa já o havia informado via whats, mas ela disse que a filha queria convidar os amiguinhos pessoalmente.


— ...E daí ela disse que o pai dela vai na festa... Mas eu e o Luís sabemos que ele não vem. — ouviu o menino comentar indignado enquanto recolocava uma boneca princesa de volta na prateleira.

— O que te faz achar que ele não vai? — perguntou enquanto observava a expressão do garoto, o cenho franzido e os lábios crispados em desaprovação e isso fazia o menino parecer mais velho e cansado. Em seguida, o rapaz o ouviu soltar um pequeno som pelos lábios, como um silvo de frustração enquanto o via pegar outra boneca da prateleira.

— Porque ele nunca aparece. A Agatha vive reclamando que o pai dela nunca vem buscar ela nos fins de semana, não liga pra falar com ela, ele não lembra que ela existe! Foi o que ela disse pra gente outro dia. E daí ontem, quando a gente viu como ela ficou feliz porque ele disse que ia, a gente sabia que não ia dar certo... — o menino soltou um suspiro cansado e finalmente entregou para Diego uma boneca, aquela personagem rainha do gelo de um desenho que fazia bastante sucesso entre as crianças e disse que queria levá-la para Agatha.

Enquanto pagavam, Diego pensou no quanto o irmãozinho acabou amadurecendo forçadamente nos últimos meses. O menino conseguia compreender situações que exigiam mais do que uma criança de sete anos poderia ter na cabeça.

 No trajeto de volta para casa, Diego parou para comprar um sorvete para Paulo, que ainda parecia indignado com a sugestão de que o pai de Agatha iria ao aniversário da menina.

— Olha Paulo, não tem muito que você possa fazer pela Agatha. Se o pai dela vai aparecer ou não na festa, não é uma decisão sua. O que você pode fazer é ir lá no sábado e se divertir muito e mostrar para ela como está feliz de poder comemorar essa data juntos. — o menino estava sentado no banco do passageiro ao seu lado. Diego tinha ajustado o cinto de segurança para ficar firme em volta do garoto e o via lamber o sorvete com certo desanimo.

— Mas... Não é justo! Só porque o pai e a mãe da Agatha não estão mais juntos, ele... Ele... Só se esqueceu dela! — Paulo estava frustrado com aquela informação e Diego se sentiu mal, pois nem mesmo um sorvete conseguiu animar o garoto.

— Sabe às vezes os pais cuidam melhor dos filhos quando não estão mais juntos... Eu sei que no caso da Agatha é diferente, mas talvez... — Diego acabou desistindo de terminar a frase após ver a expressão magoada do menino.

— Não é justo! — o menino murmurou e em seguida comeu o resto do sorvete.

***

O casamento do ex de Francisco seria naquele final de semana e apesar de ainda faltar alguns dias, Joaquim estava passando por uma crise de ansiedade nervosa muito torturante.

Estava com pouco movimento na loja de sabonetes, por isso resolveu olhar mais uma vez o perfil no facebook do ex do namorado, Maurício, pelo celular. Ao mesmo tempo em que se sentia sorrateiro e sujo fuçando o perfil do outro rapaz, também sabia que era necessário “conhecer o inimigo”, porque lá no fundo da sua mente, Maurício ainda era uma ameaça.

Havia fotos antigas, em que o rapaz exibia uma cabeleira tão loira quanto a sua e algumas mais atuais, nas quais o outro havia tingido o cabelo de preto. Nas fotos antigas ele sempre estava sozinho, já nas mais recentes, aparecia acompanhando do noivo, Wagner. Eles pareciam um casal apaixonado e feliz, mas o que é real em redes sociais? 

Por alguns segundos, Joaquim se perguntou se ele e Francisco passavam esse tipo de imagem para as outras pessoas, de casal feliz de conto de fadas. Mas logo em seguida ele afastou esse pensamento, pois mais importante do que parecer, era ser. E eles eram felizes, pelo menos, acreditava que eram.

Teve sua atenção atraída para a entrada da loja quando viu o namorado estacionar na frente do prédio e o viu descer carregando uma sacola com duas marmitex. Assim que Francisco entrou, o loiro trancou a porta da loja e virou a plaquinha de “aberto” para “fechado” sendo saudado com um beijo suave nos lábios em seguida.

Enquanto comiam, o loiro cogitou algumas vezes em fazer uma pergunta, mas desviou da ideia perguntando sobre o trabalho do namorado na editora e o ouvindo dizer que finalmente as coisas estavam começando a entrar nos eixos, agora que tinham conseguido resolver aquela enorme onda de recalls.

— Fran... — viu o namorado parar com uma garfada de comida a alguns centímetros da boca e encará-lo e por alguns segundos, Joaquim quase desistiu de fazer aquela pergunta, que para ele parecia muito idiota, mas foi incentivado pelo outro com um pequeno meneio de cabeça.

— Não, eu só queria saber se, não é muito cansativo pra você, ter de vir me trazer o almoço todos os dias... Digo, a editora não fica assim tão perto daqui e você ainda tem de passar no restaurante buscar as marmitas e... Ah, esquece. — em seguida, o loiro começou a empurrar um pouco de arroz de um lado para o outro dentro da marmita de alumínio com o garfo.

— Eu não acho cansativo. Porque posso vir aqui almoçar com você. Mas se estiver sendo um incomodo eu posso parar e... — Joaquim se apressou em cortar a frase do namorado enquanto segurava a mão dele sobre a mesa.

— Não! Eu gosto bastante que você venha almoçar comigo, eu só estava pensando que talvez seja um pouco cansativo... Você já faz tanto por mim e eu nem consigo retribuir direito... — Joaquim não sentia orgulho de exibir fraqueza, não se sentia bem demonstrando vulnerabilidade, mas as vezes não conseguia segurar e aquilo só... Escapava.

— Eu faço essas coisas porque te amo e você não precisa “retribuir”. Só de ter você comigo já é o bastante. — O loiro esboçou um pequeno sorriso e voltou a comer. Às vezes se sentia muito idiota de falar aquelas coisas, mas em seguida ficava aliviado de ver que o namorado não o julgava por isso.

***

Os dias seguintes passaram com rapidez e logo chegou o final de semana do aniversário de Agatha. A menina tinha acordado muito cedo naquele dia e agora andava de um lado para o outro da casa, atrás da mãe, observando-a colocar a decoração e os enfeites.

— Mãe, será que vai vir todo mundo que eu convidei? Será que eles vão gostar da festa? O que será que eu vou ganhar? — e então a pergunta milionária — Será que meu pai vai vir? — Ao que Vanessa, que estava colando na parede as decorações de isopor que havia alugado no dia anterior apenas suspirou cansada e respondeu que a filha “teria de esperar para ver”, apesar de que ela não tinha muita certeza de que o ex-marido cumpriria o prometido.

Ao mesmo tempo em que a animação da filha deixava a mulher feliz, a simples suposição de que o ex não apareceria a fazia sentir uma ameaça de tristeza e raiva. Enquanto que por ela, Silas jamais colocaria os pés dentro daquela casa de novo, mas engolia o orgulho pela felicidade da menina.

— O que acha de nós enchermos alguns balões? — sugeriu Vanessa em uma tentativa de distrair a menina, que em resposta sorriu e concordou animada.

***

Depois do almoço naquele sábado, Francisco foi buscar Joaquim na loja de sabonetes e eles partiram direto para o casamento. O loiro estava meio nervoso durante o trajeto até a tal chácara onde aconteceria o casamento de Maurício. Em parte pelo fato do outro ser ex-namorado de Francisco, mas mais pelo fato de estar indo a um casamento depois de tanto tempo.

A última celebração que tinha ido, foram às bodas de Lola e Joana e apesar de ter achado fofo a troca de votos das duas, a coisa toda de uma cerimônia para celebrar esse tipo de acontecimento lhe dava embrulho no estomago. Enquanto pensava nisso, olhou para o namorado ao seu lado, que dirigia e exibia uma expressão de quase satisfação.

— Eu tou feliz pelo Maurício, sabe? Que ele encontrou um cara legal com quem quer passar a vida. — ouviu Francisco comentar e em resposta, Joaquim esboçou um meio sorriso desconfortável.

— Você não está com ciúmes, está? — Joaquim deu um risinho meio irônico e olhou a paisagem que passava pela janela antes de responder que não, imagina, de onde o outro tinha tirado aquilo?

— É que eu sei que você não gosta muito do Maurício... — Joaquim encarou o namorado por alguns segundos enquanto pensava “Porque ele é seu ex e até alguns meses antes de pintar o cabelo de preto, parecia uma cópia barata minha”, mas resolveu não emitir aquela opinião.

— Você tá vendo coisa onde não tem. Pra mim ele é tipo... Bolacha de água e sal, nada importante o bastante pra eu me preocupar. — sentiu a mão morna de Francisco segurar a sua por alguns segundos e esboçou um sorriso sincero.

O outro motivo que o estava incomodando eram as pessoas que estariam no tal casamento. Vários amigos da época de escola de Francisco, parentes dos noivos, pessoas que ele não conhecia e com quem não tinha a menor intimidade de conversa. E pensar em ficar sentado sozinho a uma das mesas enquanto o namorado conversava fez com que sentisse aquele embrulho no estomago mais uma vez.

— Promete que não vai me deixar sozinho na festa? — assim que as palavras saíram, o loiro se arrependeu e emendou com — Não tou dizendo que você não pode conversar com seus amigos, é só que... Eu não quero ficar sentado lá sozinho, porque não conheço ninguém... — o aperto da mão morna em cima da sua ficou mais firme e ao ouvir o que Francisco disse a seguir, Joaquim se sentiu um pouco mais tranquilo.

— Eu não vou te deixar sozinho. Mas, eu tenho certeza que você vai se enturmar rápido. O Maurício me garantiu que não serão muitos convidados, pois é uma comemoração pequena, então com certeza vai haver alguém pra conversar com você... E, chegamos!  — ao ouvir a informação, o loiro sentiu-se congelar no banco do carona enquanto via o movimento dentro da chácara.

Tinham enviado o presente dos noivos uma semana antes, através da lista de que foi deixada na loja. O convite dizia para vestirem “esporte fino”, então ambos usavam calça social e camisa pólo de mangas curtas, roupas bem diferente das que costumavam vestir no dia-a-dia.

***

Enquanto isso na casa de Agatha os convidados começavam a chegar e a menina os recepcionava com alegria, trajando uma fantasia da protagonista daquela animação sobre a rainha das neves que fazia tanto sucesso e com o cabelo em um penteado afro alto e cheio.

O sol ainda estava alto, mas Vanessa optou por fazer a festinha no meio da tarde, ao invés de a partir das 18h00, para que assim as crianças tivessem mais tempo para brincar. Ela havia alugado um pula-pula inflável, que foi montado no quintal da casa e pendurado um bexigão cheio de pequenos brindes logo acima da porta que dava para a sala.

Já haviam chegado alguns parentes, primos e sobrinhos e a avó materna da menina, mas cada vez que a campainha soava, a garota saia correndo em disparada gritando “Agora é meu pai que chegou! É ele!” apenas para se decepcionar ao encontrar outro convidado no portão. 

Quando Diego e Marcelo chegaram com Paulo, Luís e Miriam já estavam na festa, assim como Mayara e Letícia, que naquele momento eram questionadas pela avó de Agatha sobre o que elas eram.

Mayara sorria desconfortável enquanto escutava a idosa perguntar exibindo uma expressão julgadora com a qual a moça já estava acostumada, o que elas eram “amigas”, “colegas de quarto”? E ao lançar um olhar rápido para a namorada ao seu lado, viu que Letícia não iria se conter por muito mais tempo, mas bem quando a outra abriu a boca para responder, Vanessa interveio.

— Elas são namoradas, mãe. — em resposta a mulher idosa franziu o cenho, incomodada e questionou sem qualquer reserva porque a filha havia trazido pessoas como aquelas para o aniversário da neta.

— Porque elas são minhas amigas, mãe. E se a senhora não está confortável, pode ir embora, ta? Elas ficam. — a idosa esboçou uma careta de desgosto e deu as costas para as três, rumando para a cozinha. Diego e Marcelo se aproximaram e ouviram Vanessa explicar para as duas moças o motivo de ser tão seca com a mãe.

— Ela não me apoiou quando eu descobri as traições do Silas, na verdade, disse que era muito errado eu me separar do meu marido “só por causa disso”. Além do mais, segundo a religião dela, fazer festa de aniversário para a criança é idolatria... — Vanessa suspirou cansada e em seguida cumprimentou os dois recém-chegados com um abraço e um beijo no rosto.

— Eu a convidei por educação, nunca pensei que ela viria... Mas o que eu disse é verdade, vocês têm a preferência aqui na festa. Se ela ficou tão incomodada, que vá embora. — declarou a moça para em seguida ir até a cozinha buscar outro prato de salgadinhos.

No quintal, as crianças corriam e brincavam, se revezando no pula-pula.

***

Assim que estacionou dentro do lugar, Francisco desceu e esperou Joaquim sair do carro. Queria chegar na festa junto com o namorado, inclusive, segurando a mão dele e tal gesto fez o loiro se sentir mais seguro.

Mal entraram no grande espaço verde e Francisco foi puxado por alguns rapazes que gritaram seu nome e o abraçaram com certa animação e que então pararam para olhar Joaquim. Estava estampado no rosto deles conforme o mediam da cabeça aos pés, podia quase ouvi-los dizendo: “Francisco, você tem mesmo um tipo, né?” e óbvio que isso o deixou desconfortável, mas o loiro fez o melhor para disfarçar a frustração forçando um sorriso e respondendo aos cumprimentos dos demais convidados.

— Fran, é você? — uma voz masculina perguntou as suas costas e quando se viraram, Joaquim viu um dos noivos, o ex do namorado, aproximando-se e teve de segurar o riso. O rapaz usava um terno branco com sapatos sociais combinando e para Joaquim aquilo era o cúmulo do ridículo, mas, mais uma vez, ele fez o melhor para manter a expressão facial neutra e esboçou um pequeno sorriso quando foi apresentado ao outro.

E mais uma vez aquele olhar que parecia fazer piada com sua aparência, com o fato de ele e o ex de Francisco ter a mesma altura, porte físico e até cor dos olhos. Só que Maurício agora estava moreno.

Apertou a mão do rapaz e desejou felicitações, quando na verdade o que mais queria era sair correndo dali para ter um ataque de risos. Mas o loiro sabia se comportar em situações sociais, apesar de aquela ali, com menos de 10 minutos já o estava cansando.

— Então você é o novo namorado do Francisco? E há quanto tempo estão juntos? — pode sentir certo despeito na voz do noivo e em resposta esboçou um sorriso divertido enquanto informava que fazia cinco anos e via a expressão do outro mudar de amargor para choque.

— Francisco, cinco anos sem trocar de namorado! Que surpresa! — o veneno que Maurício tentava destilar estava escorrendo lentamente ao redor deles, mas Joaquim não se incomodava.

— Maurício, eu cresci né? E quando a gente cresce, para de ficar pulando de um relacionamento pra outro. Você e o Wagner estão juntos há quanto tempo mesmo? — o rapaz resmungou alguma coisa antes de soltar “três anos e meio” para em seguida dizer que viu o noivo do outro lado da propriedade e que precisava falar com ele e então desaparecer correndo.

Francisco colocou o braço ao redor dos ombros do namorado e lhe deu um beijinho na têmpora esquerda, ouvindo Joaquim suspirar deliciado em resposta. E em seguida, eles se acomodaram em uma das mesas que tinha seus nomes em pequenos cartões dobráveis enquanto observavam o movimento da festa.

Havia um total de vinte pessoas, contando os noivos. Mais alguns casais, entre hétero e LGBT+, uma mãe com um bebê e outra com duas crianças pequenas que corriam pelo espaço gritando e arrancando as próprias peças de roupa, os parentes mais velhos dos noivos e claro, os amigos do ensino médio de Maurício (e por consequência, de Francisco também).

***

A festa foi correndo de forma suave após aquela breve situação desconfortável envolvendo a avó de Agatha, que após o corretivo que levou da filha, permaneceu o resto do tempo, afastada dos demais convidados, observando o movimento com aqueles olhinhos julgadores.

Diego e o marido conversavam com os outros adultos da festa, mas ele não perdia o irmãozinho de vista, sempre observando onde o menino estava, correndo e brincando com as outras crianças.

Agatha já havia levado cada convidado que chegava até seu quarto, para ver os presentes que ela já havia ganhado e colocado sobre a cama cor-de-rosa. Mas apesar de estar se divertindo, a menina não conseguia deixar de prestar atenção ao som da campainha, pois ainda tinha esperanças de que seu pai fosse chegar.

Ele não precisava trazer nenhum presente. Só vir já era o bastante.

E apesar de Paulo estar se divertindo, o menino não conseguia deixar de prestar atenção na amiguinha e em como ela esperava pela chegada do pai. Ele não queria que ela se magoasse.

Vanessa chamou os convidados para cantarem parabéns e cortarem o bolo, mas teve um pouco de dificuldade para convencer a filha a vir para perto da mesa, pois a menina ainda estava esperançosa de que o pai viria.

Eles tinham começado a cantar parabéns quando a campainha soou e Agatha saiu correndo gritando que agora era seu pai, ela tinha certeza disso! E quando abriu o portão, se viu encarando um enorme urso de pelúcia com um grande laço vermelho em volta do pescoço. 

— Pai! — mas a felicidade da menina se desmanchou em alguns segundos quando a pessoa que segurava o bicho de pelúcia apareceu. Não era Silas, mas sim uma moça de uma daquelas transportadoras particulares. A entregadora esboçou um sorriso desconfortável ao ver o rostinho triste da menina, quase se esqueceu de dizer a mensagem que havia sido enviada junto do presente.

— Oi querida, seu pai não pode vir, mas pediu para eu trazer este amiguinho aqui para você. Feliz aniversário, Agatha! — o rosto da menina foi mudando de tristeza para decepção e por fim apatia enquanto ela pegava o enorme bicho de pelúcia e murmurava um “obrigado, moça” para em seguida puxar o brinquedo para dentro, arrastando-o segurado pela perna.

Vanessa conversou alguns minutos com a entregadora, a qual contou que fora contratada há algumas horas atrás, para trazer o brinquedo até ali. Após se despedir da moça, a mãe de Agatha retornou para a festa, cujo clima agora havia sido destruído e pensou no que faria e ao entrar na casa, viu que Agatha estava sentada em uma das poltronas no canto da sala, o enorme urso de pelúcia havia sido abandonado no meio do cômodo, mas a menina não chorava. Na verdade, a expressão no rosto dela era quase insensível.

Do outro canto da sala, Diego viu a expressão entristecida de Paulo olhando para a amiga. Os olhos do menino então se encontraram com os seus e pareciam dizer “Eu falei, não falei?”.

— Agatha meu bem, você não quer cantar o parabéns? — Vanessa perguntou baixinho enquanto fazia um agrado no cabelo bonito e cheio da filha e em resposta recebia um olhar vazio.

— É, acho que eu quero... — a menina respondeu de forma lacônica e ficou óbvio para a mãe, que alguma coisa tinha se quebrado dentro da garota e a culpa era de Silas.

Continua...

Nota do capitulo:

Olá pessoal,   

Para quem está lendo esta história na semana do dia 14/12/2024, eu quero pedir desculpas pela demora em atualizar. Espero que tenham gostado deste capítulo, no qual vimos a festa de casamento do ex de Francisco e o aniversário da Agatha.

Quando um dos pais separados começa a negligenciar o tempo que deveria passar com os filhos, sempre há consequências e Agatha percebeu que o pai não a via como uma prioridade na vida.

No próximo capitulo vamos ter o desenvolvimento final das festas, tanto a de aniversário quanto a de casamento.

Eu não sei bem mais o que falar aqui, a falta de comentários tem me desanimado bastante e me feito demorar para atualizar os capítulos, não estou querendo jogar a culpa em cima de ninguém, só dizendo que a falta de apoio é algo que desanima a gente que produz sem qualquer retorno financeiro.

Enfim, é isso,

Obrigada por ler até aqui e até o próximo capítulo,

Perséfone Tenou        

 

 

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